segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Aos meus amigos... Mensagem de Natal

E o mundo não acabou! 2013 está na esquina, mais alguns passos e estaremos nele. Que no Natal, símbolo de solidariedade, confraternização, amizade e amor possamos refletir sobre nossas vidas, nossas relações e nos prepararmos para tentar viver cada vez melhor. Digo tentar, porque é sempre muito difícil a mudança, ela exige uma disponibilidade, uma força de vontade que, muitas vezes, não estamos preparados para exercer. A aceitação do outro, com seus defeitos, suas incompreensões, suas limitações, nos cegam, e, deixamos de ver suas qualidades, que, assim como os defeitos, são também intensas. Todos nós possuímos o verso e o reverso, o bom e mau. É da natureza humana esta dualidade. Muitas vezes não percebemos, mas o outro reflete exatamente aquilo que devemos mudar. Se nos incomoda em alguém a ansiedade, a falta de paciência, a indelicadeza, podemos parar e olhar para dentro e verificaremos que também agimos assim em situações idênticas. Se usarmos este parâmetro para nos analisarmos tudo ficará muito mais fácil para a mudança, pois, olhando no outro, como um espelho, teremos o caminho daquilo que não queremos ser. O inverso também é verdadeiro, podemos procurar no outro qualidades que queremos ter e absorvê-las como quando ingerimos algo de que gostamos muito. Tudo isto é caminho pedregoso mas que pode nos ajudar a tornar mais fácil nossa jornada pelas estradas que temos que percorrer.
Na verdade, é muito complexo, pois nossa natureza é frágil, somos movidos pelo momento, pela intensidade de sentimentos e nunca pela reflexão, pelo silêncio.
No entanto, também tem o outro lado. Não custa tentar trabalhar as dificuldades dentro de nós, movidos principalmente pela necessidade de termos paz interior, consciência e lucidez para uma melhor qualidade de vida. Uma coisa é certa, toda vez que somos levados pelo momento sem reflexão, nossa paz se esvai, e gastamos horas, dias e meses para o tempo nos ajudar a superar um minuto de falta de discernimento.
Natal nos faz parar o tempo, nos inebria com os reencontros que estavam fazendo falta, com os abraços que há muito não dávamos, com as conversas colocadas em dia, com as recordações dos momentos vividos. Enfim, Natal é tempo de Amor. Se pudermos levar esta energia para o próximo ano será perfeito em sua finalidade: estreitar laços, refazer amizades que estavam desfeitas, criar novas, e, principalmente, imbuir as pessoas de bons sentimentos, planos de mudanças, promessas e muito mais.
Desejo a todos uma grande dose de Boa Vontade, de Persistência, de Coragem, de muito Amor.
Um 2013 promissor cheio de realizações, de sucesso, mas, principalmente, de mudanças que nos tragam equilíbrio para superar as dificuldades e aproveitar as alegrias.
Um grande abraço a todos.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Aniversário Cláudia


Hoje é aniversário de minha filha Cláudia.
Difícil dizer qualquer coisa desta relação complexa e intensa que temos.
Nos falamos diariamente, apesar da distância, distância esta que na verdade nem chega a ser sentida. É claro que a presença é importante, mas não há nada que fique sem ser notado entre nós. Nos entendemos pelo tom da voz. Eu sei se ela está chateada, cansada, triste ou alegre. Basta ela falar. E o mesmo é com ela. Existe uma percepção que só as relações intensas podem proporcionar.
Na verdade isto me preocupa. Eu tinha por hábito falar com minha mãe, ao telefone, todos os domingos. De vez em quando falava também durante a semana, mas no domingo era imprescindível.  Até hoje sinto um vazio neste dia, me lembro sempre que era o dia de nos falarmos. Não tínhamos, é claro, as facilidades de comunicação que temos hoje, facilidades estas que são a causa da intensidade da relação que citei acima. Logo, isto é motivo de preocupação sim, pois não quero que ela sofra o que eu sofro, por muito menos.
Mas hoje não é dia destas questões. Quero aqui dizer o quanto ela é importante na minha vida, nos meus momentos difíceis, nos momentos alegres, pois dividimos tudo, o tempo todo. Chega até a incomodar os que nos cercam e estão de fora deste circulo de trocas constantes.
A Cláudia é intensa nos seus sentimentos, no amor, na raiva, na revolta contra o sofrimento do pobre, da criança, do desamparado, do incapaz, das minorias. Tudo nela vibra com tanta força que nos deixa incapaz de acompanhar suas bandeiras e suas causas. Ela é fácil de entender, mas acompanhar é outra história.
Não sabe fazer nada mais ou menos... Não aceita meias verdades, meias palavras e vai fundo quando quer esclarecer uma informação que foi dada sem o devido cuidado. Pesquisa, e, quando vem até nós já esmiuçou tudo na sua plenitude, não deixou nada para trás. Podemos confiar no que ela apresenta sem dúvida nenhuma, de olhos fechados, como diriam os antigos.
Ser sua amiga é um privilégio. É sincera, transparente, fiel e quem não quiser ouvir suas verdades não vai permanecer ao seu lado, pois para isso terá que superar a profundidade de suas opiniões que atingem como flecha certeira no ponto das incertezas e atitudes não condizentes com uma amizade profunda.
Eu a amo e admiro, sofro por ela e com ela em seus momentos difíceis, mas sei que tem coragem e dinamismo para superar suas dificuldades, com muita esperança no futuro e nas relações deste mundo tão conturbado pelas diferenças que tanto a incomodam.
Quero deixar aqui o registro da minha admiração por sua capacidade de amar, da sua forma de ver o mundo com tanta intensidade, visão esta que até entendo, mas não sou capaz de sentir da mesma forma. Deixar também registrado que muitas vezes quero tirar dela esta visão, apenas com a finalidade de evitar seu sofrimento pelos desamparados.
Espero que ela seja feliz, junto de seu companheiro, com as suas bandeiras, com o seu trabalho que ela ama, pois está fazendo aquilo que sabe melhor, transmitir seus vastos conhecimentos dentro de uma sala de aula.
Te amo filha, seja Feliz, Paz, Saúde, Sucesso e muito Amor junto de todos que lhe fazem Bem.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

SINGULAIR E EFEITOS COLATERAIS PERIGOSOS


Você já ouviu falar?
Se não ouviu falar considere-se feliz porque depois do que eu lhe contar vai poder evitá-lo para o resto da vida.
Se já ouviu falar você tem três opções:
1 – Gosta muito, acha que resolveu seu problema ou o do seu filho e está muito feliz com o resultado.
2 – Teve uma experiência ruim como eu e detesta. (Estes por favor façam contato e reportem os efeitos colaterais para o FDA).
3 – Está passando por alguns problemas que podem ser parecidos com o meu mas não sabe do que se trata. É para você que vou narrar minha história.
 Vamos aos fatos:
Um garoto de quase 6 anos. Feliz, ajustado, pais normais.
Tem ciúmes da irmã, nada que preocupe além da conta.
De vez em quando uma crise de bronquite que socorrida a tempo não tem maiores consequências. Inalações, raramente o uso de um corticoide para aliviar os sintomas.
A pediatra resolveu receitar o medicamento da moda - SINGULAIR. Perfeito, a palavra final para evitar crises alérgicas  respiratórias de qualquer tipo. Pode dar sem se preocupar. SINGULAIR tem até cara de fitoterápico, algo inofensivo.
A criança mudou. Quase deprimida, tristonha e agressiva, coisa inimaginável anteriormente. De repente tics. Piscando muito, colocando as mãos sobre os olhos e apertando.
A escola tinha mandado uma circular avisando sobre casos de conjuntivite bacteriana, então o que pensamos? Sintomas de conjuntivite.
A mãe e o pai tinham viajado e pela primeira vez  se ausentaram da vida dele por aproximadamente 2 semanas. É emocional o tic. O que você pensaria?
Problemas na escola com um coleguinha.
Todo o contexto justificaria os tics? Não. Ele estava muito preparado para a ausência dos pais, é muito amado por todos os que o cercam e os tics eram intensos e apareceram muito de repente. Os pais voltaram e os tics pioraram.
Numa madrugada angustiante eu fui pesquisar na internet e, num momento que não sei precisar quando, me lembrei de um evento em que tive algo parecido por efeito de Plasil, remédio este que não posso tomar nunca mais. Fiz uma analogia com a única medicação que ele estava tomando: SINGULAIR.
Parti para a pesquisa e descobri em sites em inglês (não existe nada em português) que o referido medicamento está sob suspeição desde 2008. Entre seus muitos efeitos colaterais estão a constatação de que provoca tics nos usuários.
A pesquisa foi aprofundada por minha filha e se tornou uma pesquisa científica.
É um número bem  representativo de casos registrados no FDA e no laboratório nos EUA, visto o vasto número dos que estão ingerindo a droga. Seus efeitos podem aparecer em pouco tempo de uso ou em longo tempo, ou seja, a qualquer momento.
Estou aqui me detendo apenas nos tics sem contar a depressão, agressividade e diversos outros que constam na bula brasileira. Os tics não aparecem aqui na pesquisa brasileira e nem na bula.  Sem contar que está relacionado também com casos de suicídio.
Uma homeopata receitou o medicamento. Ela não acredita que seja efeito do remédio apesar de na verdade não saber nada sobre ele.
A neuro que examinou a criança afirmou: é tudo efeito do medicamento.
Agora a grande e angustiante pergunta: vai passar?
Enquanto escrevo este texto fomos contactados pela pediatra que receitou o remédio. Ela foi informada pelo laboratório que os sintomas relatados são  do medicamento e que vão passar em duas a três semana.
Chegamos até aqui passando por neuro pediatra,  dois oftalmos, o primeiro um zero a esquerda que em nada ajudou, a segunda excelente, examinou em profundidade e detectou um excessivo ressecamento, ressecamento este consequência do medicamento e  causador de todo o incomodo  sendo responsável pelas piscadas. Agora é aguardar e acreditar que tudo vai ser resolvido.
O problema é:  como aqui não existe nada sobre os efeitos deste remédio? Alguns médicos que receitam apenas dizem que nunca ouviram falar nada contra, mas o próprio laboratório confirma que todos os sintomas relatados constam na lista de efeitos colaterais do SINGULAIR.
Devemos simplesmente aceitar que um profissional não estude e não faça pesquisas sobre um medicamento que vai passar para seus pacientes (clientes)?
Consumidores que tomaram o SINGULAIR ou o administraram aos seus filhos e não tiveram nenhum tipo de sintomas negativos, estão satisfeitos com os resultados não têm o direito de achar que quem apresentou um processo já constatado de efeito colateral, no caso aqui abordado de Tics, apenas deve recorrer a um pediatra ou psicólogo. Elas entendem que não é do remédio, e sim é um processo que ocorreu a quem tem distúrbios de ordem psicológica. Seria bom que elas se aprofundassem na pesquisa antes de emitir pareceres sem embasamento em conhecimento e pesquisa.
Precisamos sim ser mais criteriosos naquilo que administramos às nossas crianças e não confiar cegamente no que nos receitam. É importante que se pese numa balança até onde os efeitos aparentemente benéficos não trarão efeitos negativos mais tarde.
SINGULAIR foi sim o desencadeador do processo. Só vivendo o que vivemos nessas semanas para avaliar. Nenhum estresse emocional poderia gerar tão repentinamente tantos distúrbios emocionais, físicos e que já foram constatados em outros pacientes.
Uma pena é que ainda tenhamos médicos que o receitam sem abordar os seus riscos ou, pior, sem nem saber da lista infindável de efeitos colaterais.
Médicos preguiçosos, sem atualização e que são convencidos por representantes de laboratórios que pouco estão preocupados com as consequências que possam vir a ter a administração de suas novidades.
Agora, nosso objetivo aqui é apenas alertar para você que está usando tomar precauções, observar para não vir a ter um sofrimento lá na frente. Apenas queremos evitar um problema a quem está nas mãos de profissionais incompetentes e preguiçosos.
Temos bastante material(*) para quem se interessar e, por favor, divulgue este alerta quanto aos EFEITOS COLATERAIS do SINGULAIR.

(*) FDA (U.S. Food and Drug Administration):  http://www.accessdata.fda.gov/drugsatfda_docs/label/2009/020829s051_020830s052_021409s028lbl.pdf
(*) Parents for Safety:
http://parentsforsafety.org/17601/10794.html
(*) ARIA (Allergic Rhinitis and its Impact on Asthma):
http://www.whiar.org/docs/ARIA-Report-2008.pdf



quinta-feira, 17 de maio de 2012

Desperate Housewives e a vida real...

Assisti este seriado inteiro, completo. Aluguei as temporadas da primeira a sétima, e, a última, que se encerrou no domingo, dia 13 de maio, nos EUA, eu baixei na internet. Devo ter consumido os dois últimos meses assistindo os capítulos em todos os momentos de folga. Não quero mais me envolver num seriado desta forma. No entanto, valeu a pena. Ele foi apaixonante e envolvente. Muito...
Para quem nunca se interessou, ele tratou durante oito anos, da vida de quatro amigas num subúrbio americano.
Num lugar extremamente aprazível, elas entrelaçaram suas vidas com todo tipo de relações. Filhos, maridos,  amantes, segredos, mistérios e muita cumplicidade. Foram amigas para todas as situações, fiéis, prestativas, participativas, mas as vezes misteriosas, dissimuladas, enfim, uma mistura de sentimentos e questionamentos.
Apesar de tudo que passaram juntas conseguiram manter, até a definitiva separação pelas contingências da vida, um sentimento fraternal difícil de se encontrar na vida real. Poucos podem dizer que tiveram algo parecido.
Eu tive.
Na década de 70, ou melhor, exatamente em 1970, eu me casei. Fui morar em Campinas e por lá fiquei 34 anos de minha vida. Tive minhas três filhas e, criei vínculos extremamente fortes com três recém casadas como eu. Formamos um grupo unido que exercia todo o tipo de influência uma na outra.
Muito aprendi com elas e, tenho certeza, que também ensinei.
Devagar, ao longo dos anos, uma de cada vez foi embora de Campinas. Fiquei só...
Lembro-me como se fosse hoje, que chorei a noite toda, quando a última me avisou que estava voltando para o Rio de Janeiro... Não sei bem explicar a enxurrada de sentimentos que se abateu sobre mim. Não me lembro de ter chorado tanto em toda a minha vida. Abandono, carência, tristeza... Tudo isto junto. É engraçado isto analisando hoje.
Eu trabalhava nesta época, com três filhas, marido... Tudo corria bem, mas a perda das amigas foi muito doída. Não cortamos relações, apenas cada uma deu seguimento a sua vida em outro lugar.
Mantemos contato até hoje. Nos falamos nos nossos aniversários, nos aniversários dos filhos e através das redes sociais acabamos intensificando um pouco mais estes contatos.
Mas eu tenho um vazio que nunca foi devidamente preenchido. Nunca mais consegui contatos do mesmo nível e recentemente aquele que ficou mais próximo de mim, degringolou...
Não sei se tenho culpa nisto. Acredito que não. São as circunstâncias que nos cercaram as culpadas.
Amizades são construídas e destruídas. É assim que funcionam. O que as constrói? A compreensão, a aceitação das limitações do outro, dos seus erros e descuidos no falar e no agir. E o que as destrói? A falta de confiança, a  falta de cumplicidade, a falta de amor.
Nosso DNA, nosso gene egoísta, só entende a perpetuação da espécie, só tem olhos para aqueles que são sangue do nosso sangue, mesmo que estes estejam fazendo tudo aquilo em que não acreditamos. Mas, por outro lado, ainda pensamos que eles serão o nosso único suporte e nem sempre isto acontece.
Mas, de acordo com uma amiga, devemos ficar observando o teatro... não querem nossa interferência, nossa ajuda, nossa visão, vamos então apenas assistir os atores fazendo suas peripécias, seus tombos previsíveis e aplaudir seus pequenos acertos. Não temos o direito de interferir na vida, nas opções de ninguém e é assim que temos que aprender a viver.
Mas voltando as velhas amigas, elas moram no meu coração e, é sempre o momento ideal, aquele em que nos reencontramos, no qual podemos tirar aquela foto que tem se repetido a todo casamento, aniversário, nos quais temos oportunidade de estar reunidas, e, nestes momentos, é tudo como se nunca houvesse tido uma separação.
É muito bom ter construído no nosso caminho amizades como as que tive. São boas recordações, bons momentos revividos, e, como disse uma das personagens do seriado referido acima, Susan :
"Você sabe que ficou velha quando suas memórias se tornam mais importantes que seus sonhos" #DesperateHousewives
No momento é assim que me sinto com relação a amizades. Velha, para fazer novas, porque as antigas me marcaram muito e, durante o seriado, reencontrei em cada personagem uma amiga. Deu muita saudade, mas ao mesmo tempo, me senti privilegiada, pois eu tive uma convivência daquelas, rica e plena.
Muitas coisas não foram ditas, muitas foram reprimidas, mas o principal é que criamos uma ligação que nem o tempo e nem a distância, podem apagar de nossas memórias. Sempre nos lembraremos com alguma sensação, seja qual for: alegria, saudade, tristeza, vazio. Tudo junto, reprimido ou extravasado, mas sempre presente de alguma forma.
Cada uma tem suas preocupações, problemas, mil tarefas, mas sei que em seus corações pulsa uma saudade como a minha, uma nostalgia de tudo que foi vivido, intensamente.
Mas também sabem, como eu sei, que estamos abertas a apoiar, participar daquilo que for necessário para que, juntas possamos reviver aqueles momentos de encantamento que não se perderam no tempo.
Abraços a todas. Saudades!



sábado, 12 de maio de 2012

Visão deturpada?

Hoje está particularmente angustiada, decepcionada... Solidão, abandono, não pela família, desta ainda tem o "controle" devido a proximidade e a presença. Ainda... e este é o ponto.
Até quando? Parece que todos aos poucos vão se afastando, vão deixando de lado seus argumentos, suas idéias, sua presença. Será que não faz  falta?  Não tem nada que realmente alguém valorize?
Onde  errou? É o que se pergunta a toda hora.
Uns lhe dizem: é o seu jeito de falar, de se impor que faz com que as pessoas se afastem. Mas como?  Só quero ajudar, cooperar, esclarecer... Ninguém gosta disto? De novo aquele conceito? "Ter razão só atrapalha... ninguém gosta de quem tem razão." E  de novo se pergunta: Sou arrogante? Dona da verdade? Interfiro muito? Como mudar? Ninguém nunca quer ou nunca consegue mudar...
Será possível uma mudança radical? Como fazê-la? Como construir um novo ser? Uma nova cabeça? Novas ideias ou nenhuma ideia? Ficar em silêncio? Não emitir opinião? Não interferir? Não participar?
Como pode ser descartada de forma tão intempestiva? Sem o mínimo de consideração?
Sem avaliação de suas atitudes? Sem discussão de suas intenções? Inacreditável!
Mas não adianta... está frágil, insegura, apesar de acreditar em si mesma, tudo passa pela sua frente como num filme e o inconformismo com o final do filme é inaceitável para o seu dia a dia.
Espera apoio. Mas este apoio só virá se houver mudança, e, mudança radical.
Na verdade tomar atitudes de mudança, que quebrem o "status quo" não são fáceis e demandam coragem, força e muitas vezes não é o que se deseja ou o que se quer enfrentar. Enfrentar é a palavra, porque toda mudança gera enfrentamentos para os quais é preciso mais do que coragem.
E assim tudo fica igual... nem tudo, houve uma modificação decorrente daquilo que fez... mas até onde chegou o benefício? Como saber? Não parece ter sido bom o suficiente. Um lado foi beneficiado e manifestou seu contentamento mas o outro lado não viu desta forma . "Não se agrada a gregos e troianos" já diz o antigo ditado.
Está na fase do questionamento... queria que tudo fosse diferente. Doce ilusão... não depende  dela.
Nossas atitudes muitas vezes são incompreendidas, nossos objetivos deturpados e nada há que se possa fazer para mudar isto. Tudo foi explicado, mas nem tudo  foi aceito. Uma outra forma de enxergar foi apresentada.
Hoje ela leu o que uma amiga escreveu : " you got to stand up for what you TRULY believe!", você tem que defender o que realmente acredita... E  decidiu: é isto que vou continuar fazendo, defendendo  minha Verdade.
Mas a tristeza não a abandona... É a decepção com a fragilidade alheia.











sábado, 17 de março de 2012

A Dama de Ferro

Hoje assisti o filme "A Dama de Ferro". Fantástica interpretação de Meryl Streep. Merecedora do Oscar deste ano. O apelido que os russos lhe deram com certeza caiu-lhe como uma luva. Perfeito! Uma mulher que sempre soube desde jovem o que queria fazer. É impressionante imaginar que na Inglaterra toda poderosa uma filha de quitandeiro pode galgar a um cargo tão importante. No entanto, nos deprime ver que apesar de todo o seu poder, sua inteligência, sua fibra seus dias finais são solitários e a doença degenerativa corrói seu entendimento e sua visão da realidade. O tempo é implacável e a velhice e os problemas de saúde chegam a todos, nos nivelando na falta de controle sobre nossas vidas.
Para ela o orgulho de ser inglesa, de preservar aquilo em que acreditava estava acima de tudo. Da política eleitoreira, dos interesses particulares, de tudo que não fosse o interesse maior. Um exemplo para todos os nossos medíocres, menores e nada patrióticos políticos.
A cena em que as moças de sua idade fazem gozação de sua postura de filha exemplar e dedicada nos mostra o quanto a mediocridade, a futilidade podem interferir no desenvolvimento do ser humano se ele não tiver a fibra e seus objetivos muito bem delineados para nortearem o que deseja da vida.
A influência do pai com suas convicções políticas tiveram um grande peso na sua formação e isto demonstra o quanto somos  responsáveis na direção de nossos filhos.
Margareth Tacher é uma mulher que deixou sua marca na história. É evidente que não foi perfeita. Levou a ferro e fogo suas convicções mas o importante é que provou que podemos escrever nossa história, basta para isso que nada nos impeça de seguir os sonhos que  idealizamos. Um filme para ser visto!